sábado, 5 de abril de 2008

Plunct! Plact! Zum! - vol. 01 (1983)


EM CD

Plunct ! Plact ! Zum! - vol.01 - 1983 - Som Livre - CD403.6383


produção de Guto Graça Mellocom Aretha,Eduardo Dusek,Fafá de Belém, Gang 90 e Absurdetes, Jô Soares, João Penca e seus Miquinhos Amestrados, José Vasconcelos, Maria Bethania,Raul Seixas, Sergio Sá,Zé Rodrix e as crianças : Bruno Netto, Fabiano Vannucci, Gabriel Vannucci e Marinela Graça Mello.


MÚSICAS:
01 Carimbador Maluco (Raul Seixas) - Raul Seixas
02 Gruta das formigas (Sergio Sá) - Sérgio Sá
03 Sereia (Nelson Motta e Lulu Santos) - Fafá de Belém
04 Sera Que o King Kong é Macaca (Toninho Senna e Tavinho Paes) - Gang 90 & Absurdetes
05 Sopa de Jiló (título original: Angora de Julio Seijas e Luis Gómez Escolar - letra em portugues - Daltony Nobrega) - Aretha
06 Brincar de Viver (Guilherme Arantes e Jon Lucien) - Maria Bethania
07 Planeta doce (Guto de Balbuena e Léo Jayme) - Jô Soares vocais João Penca e seus Miquinhos Amestrados
08 1+1 É Bom Demais (Eduardo Dusek e Luis Carlos Goes) - Eduardo Dusek
09 Ilha da Higiene (Zé Rodrix e Miguel Paiva) - Zé Rodrix
10 Use a Imaginacao (Daltony Nobrega ) - Zé Vasconcelos e a Turma do Pirlimpimpim


FICHA TÉCNICA:
Maria Bethânia, Fafá de Belém e Eduardo Dusek cedidos pela Polygram Discos
Aretha cedida pela WEA Discos
Raul Seixas pela Discos EldoradoGang 90 & Absurdettes pela RCA Eletronica LTda.
Direção e produção e estudio - Guto Graça Mello
produtor associado -Ezequiel Neves
produtora excecutia - Rita Luz
direção do Coro infantil - Daltony Nobrega
Assistente de produção - Jorge Correa
arranjos - Guto Graça Mello - Sergio Sá - Migeul Cidras - Zé Rodrix - Leo Jayme - Hermann Torres - Lulu Santos - Lincoln Olivetti
Engenheiros de gravação - Celio Martins e João Ricardo
engenheiros de mixagem - Celio Martins e Antonio Canazio Neto (Moog)
direção de mixagem - Guto Graça Mello
Assistentes de EStudio - Julinho, João Ricardo, Serginho, Carlos, Beto, Dorey
Assistente de mixagem - Nestor Lemos
Ilustração - Garcia e Cosme
maquete - Paulo Netodireção de arte - Cosme de Oliveira
Arte Final - Tuninho de Paula
gravado em 24 canais , nos meses de março e abril de 1983 nos estudio da sigla / rj

CD - Pirlimpimpim 02 - 1984



EM CD





Som Livre 403. 6312

Trilha Sonora Especial da Rede Globo

Dirigido por Augusto Cezar Vannucci
Produzido por Guto Graça Mello

MÚSICAS:
01. Circo Pirado (Guilherme Arantes - Paulo Leminski) - canta Elenco: Cantam - Visconde - Herbert Richers Junior, Emília - Baby Consuelo, Narizinho - Marinella, Pedrinho - Gabriel. Coro - Maria Rita - Maria Aparecida - Suely Gondin - Tania Lenke
02. Xixi nas Estrelas (Guilherme Arantes - Paulo Leminski) canta Guilherme Arantes

03. Milongueira de la Sierra Pelada (Guilherme Arantes - Paulo Leminski) canta Gretchen
04. Cadê Vocês (Guilherme Arantes - Paulo Leminski) canta Aretha

05. Xote Fox Trot (Guilherme Arantes) - canta Ronaldo Resedá e Nina Panceviski

06. Frevo Palhaço (Guilherme Arantes - Paulo Leminski) - canta Elenco: Cantam - Visconde - Herbert Richers JuniorEmília - Baby Consuelo, Narizinho - MarinellaPedrinho - Gabriel, Menininha - Aretha

07. O prazer do Poder (Guilherme Arantes - Paulo Leminski) canta Sandra de Sá:Cantam - Emília - Baby Consuelo, Visconde - Herbert Richers JuniorNarizinho - Marinella, Pedrinho - Gabriel, Menininha -Aretha, coro- Maria Rita - Maria Aparecida - Suely Gondim - Tania Lenke

08. Coração de Vidro (Guilherme Arantes - Paulo Leminski) canta Ricardo Graça Melo

09. Ninguém Brilha Só (Guilherme Arantes - Paulo Leminski) canta Mariana Couto
10. Viva a Vitamina (Guilherme Arantes - Paulo Leminski) canta Elenco: cantam Marinella- GAbriel -Aretha - Herbert Richers JuniorCoro - Maria Rita, Maria Aparecida, Suely gondin, Tania Lenke, Ana Lucia, Viviane Godoi, Rozana Fiengo, Cecilia Spyer, Ronaldo Barcelos, Paulinoh Soledade, Pedrão, GersonBaby Consuelo cedida pela CBSAretha cedida pea WEAGretchen cedida pela Copacabana.

Ficha Técnica:
produzido por Guto Graça Mello
produção excecutiva - Rita Luzarregimentação Jorge Corrêa (Jorginho)
edição e montagem - Ieddo Gouvea
engenheiros de gravação - Mug (Antonio Canazio), Carlão, Edu, Luiz Paulo, Garrafa, Andy, Celio Martins
assistentes de gravação - Julinho, Beto, Leco, Nestor, Jackson, Mario Jorge
engenheiros de mixagem - Mug (Antonio Canazio) Edu, Carlão, Luiz PAulo
assitentes de mixagem - Dorey, Sergio Murilo, Cezar
adminstração de estudio - Helio Freitas, Serginho , Claudiocapa - Frederico Padilla e Edson Couto
desenhos do Encarte - Stil
coordenação gráfica - Felipe Taborda.

CD - Pirlimpimpim (Sítio do Picapau Amarelo) - 1982

EM CD
Trilha Sonora Original do especial da Rede Globo
Músicas:
01. Abertura Pirlimpimpim - Sitio do Pica pau Amarelo (Gilberto Gil) - Dona Benta Zilka Sallaberry - texto Wilson Rocha
02. Pirlimpimpim (Moraes Moreira- Fausto Nilo) - Visconde de Sabugosa Moraes Moreira
03. Narizinho (Sergio Sá) - Narizinho Bebel
04. Caminhos de Aventura (Lee Marcucci - Wander Taffo - Nelson Motta) - Pedrinho Ricardo Graça Melo
05. Lindo Balão Azul (Guilherme Arantes) - Visconde (Moraes Moreira) - Emilia (Baby Consuelo) - Pedrinho (Ricardo Graça Mello) Narizinho (Bebel) - Aretha (Aretha)
06. Emilia a Boneca Gente (Baby Consuelo - Pepeu Gomes) Emilia Baby Consuelo
07. Cuca (Geraldo Casé - Waltel Branco - Sylvan Paezzo) Cuca Angela Rôrô
08. Saci Pererê (Jorge Ben) Saci Jorge Ben
09. Os Doze Trabalhos de Hécules (Zé Ramalho) Profeta Zé Ramalho
10. Festa Animada (Dona Ivone Lara) Tia Anastácia Dona Ivone Lara
11. Rapunzel (Geraldo Casé - Waltel Branco - Sylvan Paezzo) Rapunzel Lucinha Lins e Príncipe Fábio júnior
12. Real Ilusão (Dalton Nóbrega) Aretha Aretha
O infantil Pirlimpimpim foi ao ar em 1982 pela Rede Globo, com apresentação de Aretha sendo transportada para o Sítio do Pica-Pau Amarelo e lá fazia amizade com os personagens de Monteiro Lobato. personagens: Guilherme Arantes (música tema Nosso Lindo Balão Azul) Moraes Moreira fazendo o Visconde de Sabugosa - Bebel Gilberto - Narizinho, Ricardo Graça Mello - Pedrinho - Baby Consuelo - Emília Ângela Ro Ro - Cuca Jorge Bem - Saci Dona Ivone Lara - Tia Anastácia A Dona Benta - Zilka Salaberry (também cantava na introdução do disco) Zé Ramalho, Fabio Jr. e Lucinha Lins também cantavam músicas neste especial. Aretha sendo transportada para o Sítio do Pica-Pau Amarelo e lá fazia amizade com os personagens de Monteiro Lobato.
direção geral - Augusto Cesar Vannucci
direção musical - Guto Graça Mello
direção Paulo Neto
criação - Augusto Cesar Vannucci - Guto Graça Mello - Wilson Rocha - Juan Carlos Berardi - Mario Borriello - Paulo Neto
redação (ou texto) Wilson Rocha
produção Naligia Santos
cenografia Frederico Padilla
direção de arte - Elvira Helenafigurino - Mario Borriello
coreografia - Juan Carlos Berardi
editor - Antonio Vilela
direção de Imagem - Vicente Burger
ass.de produção Veronica Esteves
ass.de cenografia - Claudia Alencar
ass.de figurino - Marilda Dias Rocha
maquiagem Daniela Witkowska (Dusca) - Aida Bianca
contra-regra - Alberice Cardoso - Paracium Gonçalves
coordenação musical Ivan Farias
engenheiro de som Eduardo Ramalho
produção excecutiva musical - Rita Luz
produção musical Alexandre Agra
mixagem Eduardo Ramaho - Alexandre Agra e Guto Graça Mello
arranjos Chico de Moraes - Dory Caymmi - Pepeu Gomes - Guto Graça Mello - Lincoln Olivetti - Waltel Branco - Zé Ramalho - Cesar Camargo Mariano
Trilha Sonora gravada nos Estudios Sigla em 24 canais

Queridos Amigos (Maria Adelaide Amaral) - 2008











DISPONÍVEL EM DVD: 03 DISCOS


25 capítulos
minissérie de Maria Adelaide Amaral

Baseada em seu romance Aos Meus Amigos
colaboração de Letícia Mey
direção de Vinícius Coimbra, Flávia Lacerda, Maria de Médicis e Cristiano Marques
direção geral de Denise Saraceni e Carlos Araújo
núcleo Denise Saraceni
ELENCO
DAN STULBACH - Léo
DÉBORA BLOCH - Lena
LUIZ CARLOS VASCONCELOS - Ivan
DENISE FRAGA - Bia
BRUNO GARCIA - Pedro
MATHEUS NACHTERGAELE - Tito
DRICA MORAES - Vânia
TATO GABUS - Fernando
GUILHERME WEBER - Benny
AÍDA LEINER - Flora
TARCÍSIO FILHO - Rui
MALU GALLI - Lúcia
JOELSON MEDEIROS - Pingo (Luís Maurício)
MARIA LUÍSA MENDONÇA - Raquel
FERNANDA MONTENEGRO - Iraci
JUCA DE OLIVEIRA - Alberto
ARACY BALABANIAN - Tereza
NATHALIA TIMBERG - Ester
EDNEI GIOVENAZZI - Nicola
MAYANA NEIVA - Karina
ODILON ESTEVES - Cíntia
FERNANDA MACHADO - Lorena
HENRIQUE RAMIRO - Chico
REGINA REMENCIUS - Regina
MILA MOREIRA - Marlene
EMILIO DE MELLO - Guto
JACQUELINE DALABONA - Drª Heloísa
TUNA DWEK - Nancy
LULI MILLER - Márcia
MARCOS PIGOSSI - Bruno
MAYARA CONSTANTINO - Bethânia
THIAGO OLIVEIRA - Ígor
SIDNEY SANTIAGO - Jurandir
RICARDO MONASTERO - Brenda
ANDRÉ FRATESCHI - Fausto
TATIANA ALVIN - Camila
DOMINGOS MEIRA - Luca
LUCAS MARGUTTI - Duda
MARCELO H - Binhoas crianças
ANDRÉ LUIZ FRAMBACH - Davi
THÁVYANE FERRARI - Rosa
IGOR RUDOLF - Luiz Carlos
TAMARA RIBEIRO - Marina
FLÁVIO AUGUSTO - Gil
RODOLFO AUGUSTO - Caetanoe
MIGUEL MAGNO - apresentador do baile
MARIA POMPEO - Cidinha
Bastidores
Maria Adelaide Amaral entregou a sinopse da minissérie Nassau (sobre o príncipe Maurício de Nassau e a ocupação holandesa em Pernambuco no período de 1624 e 1654), que mesmo depois de aprovada pela direção da Globo, e ter entrado em pré-produção, esbarrou nos custos e foi cancelada. Sendo assim, uma nova sinopse foi pedida à autora.
Em uma entrevista, Maria Adelaide comentou a “troca das minisséries”:“A história da troca começou no dia em que chamei o Dan Stulbach - ele faria o papel de Nassau - à minha casa, para dizer que infelizmente a minissérie havia sido adiada. Então o telefone tocou e era a [diretora] Denise Saraceni, que acabava de sair de uma reunião com o Mário Lúcio Vaz [diretor-geral artístico da Globo]. Ele tinha lhe perguntado se eu não tinha nada de minha autoria, passível de ser adaptado para minissérie. Nessa tarde estava particularmente irritada e respondi que não. E o Dan, que ouvia a conversa, observou que o romance Aos Meus Amigos daria uma minissérie. Considerei a idéia, escrevi um argumento e recebi sinal verde para fazer a sinopse. E então me dei conta de que estava fazendo o primeiro trabalho exclusivamente meu para a TV. No teatro e na literatura quase sempre fiz isso.”
Para garantir uma boa audiência na estréia, a Globo resolveu estrear a minissérie numa segunda-feira. A mudança faz diferença no Ibope. Na segunda, a minissérie entrará no ar alguns minutos após a novela das nove. Na terça, só viria depois de um paredão de Big Brother Brasil 8.
Os protagonistas criaram uma versão light do Big Brother Brasil antes das gravações da minissérie. O ator Dan Stulbach e companhia ficaram durante um mês em um estúdio que reproduzia uma casa para tentar construir a amizade que os papéis exigiam.
Carlinhos de Jesus foi o dançarino escolhido para ensinar passos de dança de salão à Fernanda Montenegro.
A Globo pediu a fabricantes de televisores o empréstimo de 60 aparelhos lançados no final de 1989. Explica-se: os principais fatos da época de Collor, aparecerão na tela das TVs, e uma cena importante com o protagonista Léo ocorrerá em frente a uma loja de eletrodomésticos, em São Paulo.
As primeiras chamadas da minissérie, dirigidas por Denise Saraceni, mostravam situações diferentes: na primeira, os amigos comemoravam a chegada de 1989, em outra, o casamento “hippie” de Léo (Dan Stulbach), e na última cena, alguns dos amigos voltando para o Brasil após o fim do Regime Militar.

CD - TRILHA SONORA - SÍTIO DO PICAPAU AMARELO. TV TUPI - 1950







RARIDADE - EM CD.
PRIMEIRO DISCO DE VINIL A TER HISTÓRIAS E MÚSICAS DA OBRA DE MONTEIRO LOBATO.
GRAVADO POR JULIO DE GOUVEIA E TATIANA BELINK.


PRIMEIRO ELENCO DE ATORES DA TV BRASILEIRA.

LADO 01: A PÍLULA FALANTE

LADO 02: O CASAMENTO DA EMÍLIA

CD - TRILHA SONORA - SÍTIO DO PICAPAU AMARELO. PERALTA/RGE - 1978


compacto EM CD
Peralta - 302.3010Discos RGE - Ed. Fermata

MÚSICAS:
01.Monteiro Lobato (Theotonio Pavão e Albert Pavão)
02.Jeca Tatuzinho (Theotonio Pavão e Albert Pavão)
03.Sitio do Picapau Amarelo (Albert Pavão e Meire Pavão)
04.Viagem de Dona Benta (Theotonio Pavão

CD - TRILHA SONORA - SÍTIO DO PICAPAU AMARELO. PERALTA/RGE - 1976

EM CD
Produção - Antonio Carlos

Repertório e Coordenação - Prof.Theotonio Pavão

Arranjos - Os VikingsVocal - Quarteto Peralta

Discos - RGE-Fermata

Músicas
01. Monteiro Lobato - Theotônio Pavão e Albert Pavão
02. Doutor Caramujo - Theotônio Pavão
03. Pedrinho - João Portaro e Theotônio Pavão
04. Principe Encantado - Albert Pavão e Meire Pavão
05. O Falso Gato Felix - Albert Pavão e Meire Pavão
06 . Conselheiro o Burro Falante - João Portaro e Theotônio Pavão
07. Viagem de Dona Benta - Theotônio Pavão
08. No Reino das Águas Claras - João Portaro e Theotônio Pavão
09. Jeca Tatuzinho - Theotônio Pavão e Albert Pavão
10. Américo Pisca Pisca - Theotônio Pavão
11. Casamento da Emilia - Theotônio Pavão
12. Sitio do Pica Pau Amarelo - Meire e Albert Pavão

CD - TRILHA SONORA - SÍTIO DO PICAPAU AMARELO, VOL. 01 - 1977



EM CD

SIGLA – 403.6118 – Som Livre

MÚSICAS:

01. Narizinho (Ivan Lins – Vitor Martins) Canta Lucinha Lins
02. "Ploquet Pluft Nhoque" (Jaboticaba) (Dory Caymmi – Paulo César Pinheiro) Canta Papo de Anjo
03. Peixe (Caetano Veloso) Canta Doces Bárbaros
04 . Saci (Guto Graça Mello) Canta Papo de Anjo
05. Visconde de Sabugosa (João Bosco – Aldir Blanc) Canta João Bosco
06. Dona Benta (Ivan Lins – Vitor Martins) Canta José Luís
07. Sítio do Picapau Amarelo (Gilberto Gil) Canta Gilberto Gil
08. Pedrinho (Dory Caymmi – Paulo César Pinheiro) Canta Aquarius
09. Arraial dos Tucanos (Geraldo Azevedo – Carlos Fernando) Canta Ronaldo Malta
10. Tia Nastácia (Dorival Caymmi) Canta Dorival Caymmi
11. Passaredo (Francis Hime – Chico Buarque de Hollanda) Canta Mpb4
12. Emília (Sergio Ricardo) Canta Sérgio Ricardo
13. Tio Barnabé (Marlui Miranda – Jards Macalé – Xico Chaves) Canta Marlui Miranda e Jards Macalé


Ficha Técnica:
Direção de Produção – Guto Graça Mello
Produção Executiva – Dory Caymmi
Direção de Estúdio – Dory Caymmi E J.C.Botezelli (Pelão) Assistente de Produção – Astor Silva Filho
Arregimentação – João Pinheiro Arranjos – Dory Caymmi e Guto Graça Mello Regências – Dory Caymmi
Vocais – Raimundo Bittencourt
Técnicos de Gravação – Vitor Farias, Célio Martins e Andy Mills
Assistentes de Estúdio – Brás, Edu, Luiz Alberto e Cláudio
Direção de Mixagem – Guto Graça Mello
Técnicos de Mixagem – Vitor Farisa e Célio Martins
Adaptação Gráfica – Joel Cocchiararo Arte - Rui de Oliveira
Gravado Em 16 Canais nos Estúdios Level No Verão de 1977

CD - TRILHA SONORA - SÍTIO DO PICAPAU AMARELO, VOL. 02 - 1979





EM CD

Som Livre - 403.6191 Texto de Benedito Ruy Babosa
MÚSICAS:
01 - Sítio do Picapau Amarelo - Gilberto Gil
02 - Tema do Quindim - Dori Caymmi e Geraldo Casé
03 - Jabuti - Dori Caymmi e Paulo Afonso Grisolli
04 - Tema do Rabicó - Dori Caymmi e Geraldo Casé
05 - Os Piratas do Capitão Gancho - Dori Caymmi e Wilson Rocha
06 - Sitio do Picapau Amarelo Espacial - Gilberto Gil
07 - A Cuca Te Pega - Dori Caymmi e Geraldo Casé
08 - Tema de Iara - Dori Caymmi
09 - Tá quente, tá frio - Dori Caymmi e Chiaroni
10 - Tema do Malazarte e Zé Carneiro - Canarinho e A.Brumatti
11 - Sítio do Pica-Pau Amarelo - Gilberto Gil e Músicos

Flamarion - Trombone baixo
Celso Woltzenloguel - Flauta
Luiz Paulo B.Simas - Moog e Sintetizador
Chico Batera - Percussão
Peninha - percussão
Paulinho Braga - bateria
Aldo - contrabaixo
Dori Caymmi - violão e piano
Swab - trompa
Cantores: Sergio Mello - Marcio Lott - Betinho - Ismail - Luna - Jane - Lize

Ficha técnica
Direção de produção - Guto Graça Mello
Produção executiva - Dori Caymmi
Direção de estúdio - Dori Caymmi
Montagem - Ieddo Gouvea
Arregimentação - João Luzze - Vivian Pearl
Arranjos e regência - Dori Caymmi
Técnicos de gravação - Célio Martins - Braz
Assistentes de estúdio - João Maria - Mario Jorge
Direção de mixagem - Dori Caymmi
Técnico de mixagem - Max Pierre
Direção de arte - Vera RoeslerFotos - Câmara Três
Diagramação e arte final - Tuninho de Paula
Gravado em 16 canais nos estúdios Sigla em 1979

Atores
D.Benta - Zilka Sallaberry
Narizinho - Rosa Garcia Costa
Pedrinho - Julio César Vieira da Cunha e Silva
Emilia - Reny de Oliveira Santana
Visconde - André do Valle
Nastácia - Jacira Sampaio
Barnabé - Samuel dos Santos
Malazarte - Aloísio Ferreira Gomes
Zé Carneiro - Antonio Carlos de Souza Pereira
Jabuty - Jose Luis Rodi
Zé Bento - Nelson Frederico Camargo
Saci - Romeu Evaristo Cabral

Sítio do Picapau Amarelo (Monteiro Lobato) - Rede Globo - 1977 a 1986








































































































de 7 de março de 1977 a 31 de janeiro 1986
adaptação de Paulo Afonso Grisolli e Wilson Rocha
escrito por Wilson Rocha, Benedito Ruy Barbosa, Marcos Rey, Sylvan Paezzo, Fábio Sabag e outros
baseada na obra de Monteiro Lobato
direção de Geraldo Casé, Reynaldo Boury (1977-1980), Fábio Sabag (1981),
Roberto Vignatti (1983), Gracindo Júnior e Hamilton Vaz Pereira (1985)
direção geral de Geraldo Casé
supervisão do projeto de Edwaldo Pacote
SINOPSE
Dona Benta é uma velha senhora que vive no Sítio do Picapau Amarelo, afastada do barulho e da correria da cidade grande. A preta Tia Nastácia compartilha dessa vida calma cozinhando quitutes para a sinhá e sua neta, Lúcia, mais conhecida como Narizinho. Vivendo sozinha e tendo apenas as duas mulheres idosas como companhia, a menina cria um mundo de fantasias do qual a personagem principal é a sua boneca Emília, feita por Tia Nastácia com restos de pano. Também vivem no sítio o velho Tio Barnabé e seus ajudantes Zé Carneiro, Garnizé e João Perfeito, responsáveis pela manutenção do sítio.
Um dia, Narizinho conhece o Príncipe Escamado, soberano do Reino das Águas Claras, que por coincidência, fica localizado no ribeirão do sítio. O príncipe fica encantado com a menina e a convida a conhecer seu reino. Lá ela é apresentada aos mais proeminentes súditos de sua majestade, como a azeda Dona Carochinha, responsável por administrar os contos de fadas, e determinada a manter o Pequeno Polegar preso em seus livros. Também o Doutor Caramujo, um renomado cientista que dá à boneca Emilia a pílula falante. Depois que ingere o remédio, Emília começa a falar e não pára mais.
Durante o período de férias escolares, Narizinho tem como companhia o seu primo Pedrinho, que estuda na cidade grande onde vive com sua mãe. O menino também tem um amigo montado por Tia Nastácia, o Visconde de Sabugosa, feito de uma espiga de milho velha, que também ganha vida. Por ter sido esquecido por um bom tempo nos meios dos livros, o Visconde adquiriu uma admirável sabedoria, tornando-se um intelectual e cientista.
No Sítio do Picapau Amarelo tudo é possível. A fantasia se mistura com a realidade fazendo parte do cotidiano da menina Narizinho e de seu primo Pedrinho. E são com personagens adultos que as crianças compartilham suas aventuras num mundo fantástico, onde transitam a boneca Emília, o Visconde de Sabugosa, o Saci Pererê, a Cuca, e outros personagens fantasiosos.
ELENCO
DIRCE MIGLIACCIO - Emília (1977)
RENY DE OLIVEIRA - Emília (1978-1982)
SUZANA ABRANCHES - Emília (1983-1986)
JÚLIO CÉSAR - Pedrinho (1977-1980)
MARCELO JOSÉ - Pedrinho (1981-1984)
DANIEL LOBO - Pedrinho (1985-1986)
ROSANA GARCIA - Narizinho (1977-1980)
DANIELA RODRIGUES - Narizinho (1981-1982)
ISABELA BICALHO - Narizinho (1983-1984)
GABRIELA SENRA - Narizinho (1985-1986)
ANDRÉ VALLI - Visconde de Sabugosa
ZILKA SALABERRY - Dona Benta
JACYRA SAMPAIO - Tia Nastácia
SAMUEL SANTOS - Tio Barnabé
TONICO PEREIRA - Zé Carneiro
CANARINHO - Garnizé
IVAN SENNA - João Perfeito
ROMEU EVARISTO - Saci Pererê
DORINHA DUVAL - Cuca (1977)
STELLA FREITAS - Cuca (1978-1980)
CATARINA ABDALLA - Cuca (1981-1986)
CHAGUINHA - Rabicó
JÚLIO BRAGA - Besouro I
CHAGUINHA - Besouro II
IVAN SETTA - Burro Falante
JOSÉ MAYER - Burro Falante
CACÁ SILVEIRA - Príncipe Escamado
ARY COSLOV - Jaboti
ARTHURZINHO OSCAR - Pequeno Polegar
JAYME BARCELLOS - Coronel Teodorico
NELSON CAMARGO - Zé Bentomoradores do Arraial dos Tucanos:
GERMANO FILHO - Elias Turco (1977-1978)
FRANCISCO NAGEN - Elias Turco (1979-1986)
LAJAR MUZURIS - Seu Boticário
LINA ROSSANA - Das Dores
CARLOS IZAÍAS ADIB - Carteiro
WALDIR MAIA - Quirino
THAÍS PORTINHO - Ritinha
Bastidores
O Sítio do Picapau Amarelo, a obra imortal de Monteiro Lobato, foi criado em 1921, e seu sucesso não restringiu-se apenas às publicações reeditadas de tempos em tempos, pois já teve, pelo menos, 2 versões para o cinema e 5 séries de televisão. Em 1951 a turma do sítio foi retratada no filme O Saci, com direção de Rodolfo Nanni e Nelson Pereira dos Santos, e em 1974, em O Picapau Amarelo, dirigido por Geraldo Sarno.
A
Tupi foi a primeira a adaptar o Sítio, entre 1952 e 1962 (na época da TV ao vivo), com Lúcia Lambertini no papel da boneca Emília. Lúcia voltaria a interpretar a boneca numa nova edição produzida pela TV Cultura em 1964. Entre 1967 e 1969, a Bandeirantes apresentou uma nova produção, tendo Zódia Pereira como Emília.
Na primeira metade dos anos 70, a Rede Globo, em conjunto com a TV Educativa, produziu
Pluft, o Fantasminha, baseado na obra de Maria Clara Machado. Na época, também era exibido o programa educativo Vila Sésamo, uma produção americana adaptada para a realidade nacional. Entusiasmados com a audiência de ambos os programas, a Globo decidiu adaptar o Sítio do Picapau Amarelo, com um enfoque educativo como Vila Sésamo, mas tipicamente brasileira como Pluft. Assim sendo, o Ministério da Educação e Cultura - o MEC, através da TV Educativa, trabalhou em conjunto com a Globo para a produção de um episódio piloto da obra de Lobato, a qual foi adaptada por Paulo Afonso Grisolli e Wilson Rocha. Um grupo de professores foi chamado para estruturar o conteúdo do programa. Ao contrário de Vila Sésamo que se baseia exclusivamente na didática, o Sítio deveria seguir o estilo que Monteiro Lobato perpetuou em seus livros, ou seja, ensinar e estimular a curiosidade das crianças enquanto se conta uma história ou fábula.
Os autores buscaram aproximar o programa da realidade e da linguagem contemporânea, levando em consideração as diferenças entre o Brasil de 1977 e o da década de 30 - quando a obra foi criada. Era preciso conservar o conteúdo rural, sem esquecer a grande parcela da população infantil das cidades grandes, para quem a informação sobre o meio urbano também era importante. Para isso, o personagem Pedrinho tornou-se a ligação do sítio com a cidade grande. Segundo o diretor Geraldo Casé, o programa era atemporal, e houve uma preocupação de não urbanizar demais a parte rural, para não perder o contraste vivido por uma criança que sai do centro urbano e vai para um sítio.
Direção Musical: Dori CaymmiDireção de Produção: Guto Graça Mello
Tema de Abertura: SÍTIO DO PICAPAU AMARELO - Gilberto Gil
Marmela-dá de bananaBanana-dá de goiabaGoiaba-dá de marmeloSítio do Picapau Amarelo
Boneca de pano é genteSabugo de milho é genteO sol nascente é tão beloSítio do Picapau Amarelo
Rios de prata, pirataVôo sideral na mataUniverso paraleloSítio do Picapau Amarelo
No país da fantasiaNum estado de euforiaCidade polichineloSítio do Picapau Amarelo...
EPISÓDIOS
1977 - o sítio do picapau amarelo, a cuca vai pegar, joão faz-de-conta, o anjinho da asa quebrada, peninha o menino invisível, o pássaro roca.
1978 - o cupido maluco, a raiz milagrosa, os piratas do capitão gancho, o minotauro, reinação atômica, a morte do visconde, memórias de emília, quem tem boca vai à roma, do outro lado da lua
1979 - don quixote, o cavaleiro da triste figura, curupira. quem quiser que conte outra, olhos de retrós, o gênio da lâmpada. emília, romeu e julieta, o casamento da raposa, davi e golias, o rapto do rabicó
1980 - a santa do pau oco, não era uma vez, a sacizada, a rainha das abelhas, a galinha dos ovos de ouro, o dia em que a emília morreu, elementar emília, a máscara do futuro
1981 - a chave do tamanho, o fazedor de milagres, o espelho da cuca, as caçadas de pedrinho, entrou por uma porta e saiu por outra, rapunzel, abu kir e abu sir, o pé de feijão, o homem que diz lançar deus, o nascimento do saci
1982 - a sobrinha da cuca, ali babá, emília e os quarenta ladrões, a bela e a fera, a canastra da emília, pinóquio, a grande vingança da cuca, era um vez uma bela adormecida, a chave partícula do tamanho, os besouros da emília, rapto das estrelas, um estranho conto de fadas, aí vem tom mix, reinações de narizinho
1983 - a viagem ao céu, robson crusoé, a guerra dos sacis, califa por um dia, o gato félix, emília borralheira, o burro falante
1984 - a arca da emília, reinação do esperto com esperto, a volta do anjinho da asa quebrada, visconde de sabugosa, barba azul, o cara de coruja
1985-1986 - o enigma enigmático, a trilha das araras

EM DVD (JÁ DISPONÍVEIS):
1977
a cuca vai pegar
joão faz-de-conta
o anjinho da asa quebrada
peninha, o menino invisível
o pássaro roca
1978
o cupido maluco
a raiz milagrosa
os piratas do capitão gancho
o minotauro
reinação atômica
a morte do visconde
memórias de emília
quem tem boca vai à roma
o outro lado da lua

Grande sertão: veredas (João Guimarães Rosa) - 1985

Em 06 DVD's.
Minissérie de Wálter George Durst
colaboração de José Antônio de Souza
baseada no romance homônimo de Guimarães Rosa
direção geral de Wálter Avancini
SINOPSE
No sertão de Minas, nas primeiras décadas do século XX, as tropas federais, representadas por Zé Bebelo, estão em conflito com as forças provinciais, apoiadas por exércitos de jagunços. O vaqueiro Riobaldo narra sua vida de jagunço: são histórias de disputas, vinganças, longas viagens, amores e mortes vistas e vividas pelo ex-jagunço nos vários anos que este andou por Minas, Goiás e sul da Bahia.
Riobaldo era um dos que percorriam o sertão abrindo o caminho à bala. Entre seus companheiros, havia um que muito lhe agradava: Reinaldo, ou Diadorim. Conhecera-o quando menino e mantinha com ele uma relação que muitas vezes passava de uma simples amizade. O jagunço, que admirava e cultivava um terno laço com Diadorim, perturbava-se com toda aquela relação, mas a alimentava com uma pureza que ia contra toda a rudeza do sertão, beirando inclusive o amor e os ciúmes.
Nas longas tramas e aventuras dos jagunços, Riobaldo conhece um dos seus heróis: o chefe Joca Ramiro, verdadeiro mito entre aqueles homens, que logo começa a mostrar certa confiança por ele, e o apelida de Tatarana. Isso dura pouco tempo, já que Riobaldo logo perde seu líder: Joca Ramiro acaba sendo traído e assassinado por Hermógenes, um dos seus companheiros. Riobaldo jura vingança e persegue Hermógenes e seus homens por toda aquela árida região. Como o medo da morte e com uma curiosidade sobre a existência ou não do diabo, que toma cada vez mais conta da alma de Riobaldo, evidencia-se um pacto entre o jagunço e o príncipe das trevas, apesar de não explícito.
Acontecido ou não o tal pacto, o fato é que Riobaldo começa a mudar à medida que o combate final contra Hermógenes se aproxima. E a crescente raiva do jagunço só é contida por uma relação mais estreita com Diadorim, que já mostra marcas de amor completo. Segue-se, então, o encontro com Hermógenes e seus homens, e a vingança é enfim saboreada por Riobaldo. Vingança, aliás, que se tornou amarga: Hermógenes mata, durante o combate, o grande amigo Diadorim.
Ao final, uma surpreendente revelação: na hora de lavar o corpo de Diadorim, Riobaldo percebe que o velho amigo de aventuras que sempre lhe cativou de uma forma especial era, na verdade, uma mulher: Deodorina, filha de Joca Ramiro, disfarçada em homem.
ELENCO
TONY RAMOS - Riobaldo (Tatarana)
BRUNA LOMBARDI - Diadorim (Reinaldo)
TARCÍSIO MEIRA - Hermógenes
RÚBENS DE FALCO - Joca Ramiro
TAUMATURGO FERREIRA - Fafafa
EDUARDO ABBAS - João Goanhá
JOÃO SIGNORELLI - Capixum
JOSÉ DUMONT - Zé Bebelo
ROGÉRIO MÁRCICO - Titão Passos
WILSON FRAGOSO - Medeiro Vaz
MÁRIO ALIMARI - Paspe
ANA HELENA BERENGER - Otacília
ARNALDO WEISS - Selorico Mendes
REYNALDO GONZAGA - Padre Missionário
MARIA HELENA VELASCO - Ana Duzuza
CARLOS GREGÓRIO - Jisé Simpilício
CRISTINA MEDEIROS - Rosa Uard
SEBASTIÃO VASCONCELOS - Só Candelário
CASTRO GONZAGA - Marcelino Pampa
LUTERO LUIZ - Garanco
IVAN SETTA - Aristides
VALDIR FERNANDES - Freitas Filho
BENTINHO - Teofrásio
NEUZA BORGES - mãe de Eugrácio
IVAN MESQUITA - Rudgerio Freitas
LINEU DIAS - Seo Ornelas
SILVANA LOPES - mulher de Hermógenes
ROGACIANO DE FREITAS - Vô Anselmo
HENRIQUE LISBOA - Mestre Lucas
DENISE MILFONT - Nhorinhá
ÉRICO VIDAL - Antenor
ALFREDO MURPHY - Lacrau
MARCOS MACENA - Ricardão
WALTER SANTOS - Alaripe
WALTER BABALU - Jiribide
MANFREDO BAHIA - João Vaqueiro
PAULO ALENCAR - Sesfredo
CARLOS LAGOEIRO - Felisberto
JORGE EDISON - Quipes
ALMIR CABRAL - Raimundo Lé
GERALDO MAGELA - Dosmo
CARLOS WALMOR - Gavião Cujo
PAULINHO OLIVEIRA - Admeto
IDIORACY SANTOS - João Peludo
JOSÉ AUGUSTO BRANCO - Seo Habão
MARIA GLADYS - Maria do Padre
UMBERTO MAGNANI - Borromeu
PAULO VIGNOLO - Riobaldo (criança)
MARIANA MACNIVEN - Diadorim (criança)e
NEY LATORRACA - Padre Ponte
YONÁ MAGALHÃES - Maria Mutema
MÁRIO LAGO - Compadre Quelemem (narrador)
Bastidores
Uma experiência audaciosa resultando num grande espetáculo. O mais arrojado e bem sucedido projeto global, veículo para as comemorações de vinte anos da Rede Globo.
Seus idealizadores, Durst e Avancini, explicaram que estariam realizados se conseguissem levar apenas quinze por cento do universo de Guimarães Rosa para os telespectadores. O resultado final exibiu ao público uma porcentagem muito maior, avaliada pela dupla de criação.
Daniel Filho menciona em seu livro
O Circo Eletrônico:"Grande Sertão: Veredas era considerado inadaptável, mas julgo que Avancini conseguiu um trabalho maravilhoso de pesquisa, de persistência. Fizemos uma homenagem a ele que poucos diretores receberam, na televisão, dos seus próprios colegas. Ficamos tão orgulhosos do trabalho do Avancini que, apoiados pelo Boni, pelo Armando Nogueira e o pessoal do jornalismo, demos uma festa que não foi divulgada na época, quando entregamos um prêmio a ele".
Sobre a escalação dos atores principais, Daniel comentou:"Em Grande Sertão, Avancini me vendeu com grande dificuldade a escolha de Bruna Lombardi para o papel de Diadorim (apesar de Bruna ter sido um erro, não como atriz, mas por saber-se que era mulher). O grande conflito é a paixão entre os dois 'jagunços'. Ao se saber de antemão tratar-se de uma mulher, some o enredo principal. Mas Avancini defendia que na televisão e com a distância entre gravação e exibição, o segredo seria revelado de qualquer maneira. Melhor seria uma linda e conhecida atriz no papel de homem. Era a visão dele, e bem defendida. Concordei. Na adaptação, outros pontos da história seriam levantados. Para o Riobaldo ele queria outro ator, mas achei muito arriscado e não coerente com a tese da atriz. Voltou sugerindo o Tony Ramos. Ai estava armada uma boa escalação".
Grande momento nas carreiras dos atores Tony Ramos, Tarcísio Meira, e em especial de Bruna Lombardi, consagrada como atriz ao interpretar o jagunço Diadorim. Como prêmio, Bruna, no ano seguinte, seria a protagonista da minissérie
Memórias de um Gigolô e da novela Roda de Fogo.
Os 25 capítulos da minissérie foram gravados ao longo de 90 dias, durante os quais até 2 mil pessoas embrenharam-se no sertão. A equipe de produção, formada por cerca de 300 profissionais, mudou-se para um lugarejo no distrito de Buritizeiro (MG) chamado Paredão de Minas, onde foi construída toda a infra-estrutura necessária para as gravações e hospedagem de todos.
A minissérie foi gravada totalmente em locação, tanto nas cenas externas quanto nas internas, e o diretor fez questão de que todos os integrantes da produção visitassem o sertão. Até mesmo o maestro Júlio Medaglia, encarregado pela trilha sonora, passou uma semana em Paredão de Minas.
Grande Sertão: Veredas já havia sido levado ao cinema, em 1964, no filme dirigido por Renato Geraldo Santos Pereira, com Sônia Clara como Diadorim e Maurício do Valle como Riobaldo.

Chiquinha Gonzaga (Jayme Monjardim) - 1999


Minissérie em 06 DVD's. Globo - 23h
de 12 de janeiro a 19 de março de 1999
38 capítulos
minissérie de Lauro César Muniz
escrita por Lauro César Muniz e Marcílio Moraes
direção de Jayme Monjardim, Marcelo Travesso e Luiz Armando Queiróz
direção geral de Jayme Monjardim
SINOPSE
A vida da compositora Chiquinha Gonzaga, que escandilizou a sociedade carioca de sua época com seus ideais libertários e com a popularização do samba como música genuinamente brasileira.
Jovem, é obrigada pelo pai Basileu, um militar rígido, a casar-se com Jacinto, um homem que, apesar de amá-la, priva Chiquinha de sua maior paixão, a música, ao sentir que seu casamento é preterido pelos ideais de sua esposa. Chiquinha não hesita em deixar o marido para viver com seu grande amor, o músico João Batista, um homem liberal que mantem uma relação mal-resolvida com Suzette, a proprietária do maior salão da corte.
E é entre a classe artística marginalizada que Chiquinha Gonzaga encontra o apoio para compor e vai tornar-se a primeira compositora e maestrina do cenário brasileiro do final do século XIX. Mas a sua vida, tão marcada por paixões, ainda lhe reservaria uma surpresa: Chiquinha tem um polêmico caso de amor com Joãozinho, um jovem com idade para ser seu filho, com quem acabaria vivendo até o fim de sua vida.
Excelente para utilização em aulas de Português, Literatura e História.

O País dos Tenentes (João Baptista de Andrade) - 1987


Um general da reserva, no dia em que é homenageado por uma multinacional, entra em uma crise pessoal e começa a rememorar suas participações nas revoluções de inspiração tenentista. Uma trajetória que coincide com os 60 anos de vida política brasileira. Isolado em sua casa de campo, já cercada pela avanço da zona periférica, vive com suas lembranças, momentos dramáticos decorrentes da violência e da crise social atual. Aparecem as traições, os ideais frustrados e as divergências políticas entre os tenentes.

Não por Acaso (Philippe Barcinski) - 2007


Ênio é um engenheiro de trânsito que comanda o fluxo de carros em São Paulo. Ele possui uma mania de controle que também se reflete em sua casa, onde suas ações são extremamente controladas. Ele se surpreende quando reencontra Mônica, sua ex-mulher, que lhe diz que sua filha Bia, de 16 anos, deseja conhecê-lo. O encontro é adiado devido a um acidente sofrido por Mônica, que atropela Teresa. Ambas morrem, o que faz com que Ênio e Pedro, namorado de Teresa e dono de uma marcenaria especializada na construção de mesas de sinuca, entrem em luto. Seis meses depois Bia encontra Ênio, mas pai e filha enfrentam dificuldades em se relacionar. Já Pedro é forçado a visitar o antigo apartamento de Teresa, onde agora vive Lúcia.

O Homem que desafiou o Diabo (Moacyr Góis) - 2007


Baseado nas lendas e causos popular. Zé Araújo (Marcos Palmeira) é um homem boêmio, que gosta de frequentar cabarés e ouvir cantadores de viola. Após tirar a virgindade de uma turca, ele é obrigado pelo pai dela a se casar. Durante anos Zé passa por seguidas humilhações, provocadas por sua esposa. Um dia, ao ouvir uma piada sobre sua situação, ele se revolta, destrói o armazém do sogro e ainda dá uma surra na esposa. Ao terminar ele monta em seu cavalo e parte sem destino, decidido a ter uma vida de aventuras. A partir deste dia Zé Araújo passa a ser conhecido como Ojuara, enfrentando inimigos e vivendo situações inusitadas.

Coisa Mais Linda. História e casos da Bossa Nova (Paulo Thiago) - 2005

Magnífica e surpreendente produção em homenagem aos 50 Anos de Bossa Nova.
O filme mostra um painel histórico, musical e informativo sobre o nascimento da Bossa Nova, nos anos 50. O movimento musical atingiu o ápice em 1962, quando se internacionalizou definitivamente em um concerto do Carnegie Hall (Nova York). Apresentando entrevistas e apresentações exclusivas de Roberto Menescal, Carlos Lyra, João Donato, Alaíde Costa, Johnny Alf, Kay Lira, Leny Andrade, Chris Delano, Joyce, Sergio Ricardo, Billy Blanco - todos os remanescentes vivos da época e alguns seguidores atuais -, Coisa Mais Linda contêm imagens de arquivo de shows, apresentações internacionais, assim como de artistas estrangeiros que participaram deste movimento na época.

Rio 40 Graus (Nelson Pereira dos Santos) - 1955


Clássico nacional, um quase documentário sobre o modo de vida dos cariocas. Filme inspirado no neo-realismo italiano é grande influência e precursor do cinema novo. Mostra o Rio de Janeiro pela visão de cinco meninos de rua negros e pobres, que vendem amendoim em cinco pontos da cidade. Eles mostram o povo do Rio e suas dificuldades. A tensão diminui no escurecer, quando vão para o ensaio da escola de samba.

Rio, 40 Graus acompanha cinco vendedores de amendoim, moradores do Morro do Cabuçu, que têm de trabalhar no domingo para comprar uma bola. Cada um vai para um lado da cidade. A câmera se instala por onde passam e observa as situações nos locais. Mostra como os garotos são rechaçados em alguns pontos e as circunstâncias vividas por outras figuras - do morro e do asfalto. Os episódios esboçam o contexto que o produzem. São encadeados com uma montagem ágil e uma câmera atenta aos lugares. Os figurantes são valorizados. Tamanha modernidade ainda era ausente da produção brasileira até então, que vivia o luto do fim recente das chanchadas e dos estúdios Vera Cruz. Concebido sob a influência do neo-realismo italiano, Rio, 40 Graus apresenta a favela como uma das locações e os negros como personagens centrais, algo também raro. Nelson não vê frutos, hoje, de sua semente. 'O cinema brasileiro possui várias tendências, mas a mais influente é a do cinema americano', afirma.

Independência ou Morte (Carlos Coimbra) - 1972


Tendo como ponto de partida o dia da abdicação de D. Pedro I, é traçado um perfil do monarca, desde quando ainda menino veio da Europa, quando sua família fugia das tropas napoleônicas e sua ascensão à Príncipe Regente, quando D. João VI retornou para Portugal. Em pouco tempo a situação política torna-se insustentável e o regente proclama a independência, mas seu envolvimento extraconjugal com a futura Marquesa de Santos provoca oposição em diversos setores e José Bonifácio de Andrada e Silva pede demissão do Ministério, mas este não seria o único caso, que ministros e nobres entrariam em choque com o imperador por causa da marquesa, que permanentemente influenciava as decisões do soberano, mas tudo isto causava um inevitável desgaste político.

Curiosidades- O filme mostra o Rei D. Pedro IV de Portugal, primeiro imperador do Brasil.- Dionísio de Azevedo dirigiu os atores e Oswaldo de Oliveira, as cenas de ação.

O Dragão da Maldade contrra o Santo Guerreiro (Glauber Rocha) - 19


Um dia, numa cidadezinha chamada Jardim das Piranhas, aparece um cangaceiro que se apresenta como a reencarnação de Lampião. Seu nome é Coraina. Anos depois de ter matado Corisco, Antônio das Mortes vai à cidade para ver o cangaceiro. Não vem por dinheiro, quer apenas provar se é verdade mesmo. É o encontro dos mitos. E tem início o duelo entre o dragão da maldade e o santo guerreiro. Mas esta história tem seus demais personagens que vão povoar o mundo de Antônio das Mortes. Entre eles, um professor desiludido e sem esperanças, um coronel com delírios de grandeza, voltado para um passado distante, um delegado com ambições políticas e uma mulher, Laura, vivendo uma trágica solidão. Todos são envolvidos na ação dirigida por Antônio e seus contraditórios conceitos de moral e justiça.


Premiações- Melhor Fotografia (Afonso H. Beato), Prêmio "Governador do Estado de São Paulo", SP, 1969- Melhor Diretor, Prêmio "Coruja de Ouro", Instituto Nacional de Cinema, RJ, 1969- Primeiro Prêmio, Festival de Louvaing, Bélgica, 1969- Prêmio "Fipresci" e de Direção, XXI Festival de Cannes, França, 1969- Melhor Direção, Confederação Internacional de Cinema de Arte e Ensaio, XXI Festival de Cannes, França, 1969- Prêmio do Público (Menção Especial), Semana Internacional de Cinema de Autor, Banalmadena, Espanha, 1969.
Curiosidades- Outro título: Uma aventura de Antônio das Mortes. - Locações em Milagres, BA. - Os moradores de Amargosa e Milagres, BA, participam do filme.

Ilha das Flores (Jorge Furtado) - 1989



Um tomate é plantado, colhido, transportado e vendido num supermercado, mas apodrece e acaba no lixo. Acaba? Não. ILHA DAS FLORES segue-o até seu verdadeiro final, entre animais, lixo, mulheres e crianças. E então fica clara a diferença que existe entre tomates, porcos e seres humanos.
Direção: Jorge Furtado
Produção Executiva: Monica Schmiedt, Giba Assis Brasil e Nora Goulart Roteiro: Jorge Furtado Direção de Fotografia: Roberto Henkin e Sérgio Amon Direção de Arte: Fiapo Barth Música: Geraldo Flach Direção de Produção: Nora Goulart Montagem: Giba Assis Brasil Assistente de Direção: Ana Luiza Azevedo
Uma Produção da Casa de Cinema PoA
Elenco Principal: Paulo José (Narração) Ciça Reckziegel (Dona Anete)
CRÉDITOS COMPLETOS
Prêmios
17º Festival do Cinema Brasileiro, Gramado, 1989: Melhor filme de curta metragem (júri oficial, júri popular e prêmio da crítica), Melhor roteiro, Melhor montagem e mais 4 prêmios regionais (Melhor Filme, Melhor Direção, Melhor Roteiro e Melhor Montagem).
40º International Filmfestival, Berlim, Alemanha, 1990: Urso de Prata para curta metragem.
Prêmio Air France, Rio de Janeiro, 1990: Melhor curta metragem brasileiro.
Prêmio Margarida de Prata (CNBB), Brasília, 1990: Melhor curta-metragem.
3º Festival Internacional do Curta-metragem, Clermont-Ferrand, França, 1991: Prêmio Especial do Júri, Melhor Filme (Júri Popular).
American Film and Video Festival, New York, 1991: Blue Ribbon Award.
7º No-budget Kurzfilmfestival, Hamburgo, Alemanha, 1991: Melhor Filme.
Festival International du Film de Region, Saint Paul, França, 1993: Melhor Filme.
Exibido na mostra "Os 10 Melhores curtas brasileiros da década de 80", no Cineclube Estação Botafogo, Rio de Janeiro, 1990.
Crítica
"O melhor filme (do) Festival de Gramado dura menos de 20 minutos e narra a trajetória de um tomate. Depois da exibição de ILHA DAS FLORES, o Cine Embaixador ouviu a maior ovação deste ano. Todos os outros curta metragistas que esperavam levar o Kikito de melhor filme ficaram de cabeça baixa. (...) Não há dúvida: ILHA DAS FLORES é uma obra-prima. Depois dele, o documentário nunca mais será o mesmo." (Artur Xexéo, Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 17/06/1989)
"ILHA DAS FLORES encantou as inteligências médias e globais dos artistas nacionais. Trata-se de uma obra redundante, demagógica, apelativa e incapaz de permitir a atividade do intelecto alheio. (...) Não há uma só novidade de conteúdo em ILHA DAS FLORES. Formalmente, é uma cartilha para analfabetos. A cena em que as pessoas recolhem lixo é capaz de superar os piores programas globais em chantagem emocional. A burguesia presente em Gramado delirou. (...) Usa-se um chavão sobre a liberdade, 'termo inexplicável mas de decodificação universal', ou qualquer coisa que o valha (...) para dar o fecho de ouro. O 'efeito Collor' funcionou outra vez." (Juremir Silva, Zero Hora, Porto Alegre, 17/06/1989)
"Nunca houve uma cena semelhante nas 16 edições anteriores do Festival de Gramado: toda a platéia que superlotava o Palácio dos Festivais aplaudindo de pé e histericamente, um curta metragem. (...) O Filme ILHA DAS FLORES, de 13 minutos de duração, bateu no Festival com o vigor de um CIDADÃO KANE: é novo, original, engraçado, contundente e, finalmente, emocionante, ao fechar se com uma citação de Cecília Meirelles: 'liberdade é um palavra que o sonho humano alimenta, que não há ninguém que explique e ninguém que não entenda'." (Edmar Pereira, Jornal da Tarde, São Paulo, 17/06/1989)
"O único documentário entre os 13 curtas selecionados zomba do seu próprio gênero. Desmonta com originalidade e vigor criativo o discurso paternalista que fundamenta a maioria dos documentários brasileiros (...), com uma narativa engenhosa que segue num crescendo de tirar o fôlego. (...) ILHA DAS FLORES é o resultado de uma alquimia muito especial, onde tudo dá certo. É um curta bem humorado, sem com isso transformar a desgraça (...) em matéria de riso. Jorge Furtado inventa assim o documentário crueldade." (Maria do Rosário Caetano, Correio Braziliense, Brasília, 17/06/1989)
"Hoje à noite, Jorge Furtado vai subir ao palco do Palácio dos Festivais para receber o seu Kikito de melhor curta-metragista em Gramado. (...) Se isso não acontecer, entrarão em ação a polícia, os bombeiros, o Exército, a Marinha e até os escoteiros-mirins. Seria uma injustiça, um roubo, um acinte, uma vergonha. O seu ILHA DAS FLORES, apresentado anteontem, é a coisa mais original produzida pelo cinema brasileiro nos últimos dez anos, pelo menos. E isso é o mínimo que se pode dizer." (O GLOBO, Rio de Janeiro, 17/06/89)
"A diferença entre Furtado e os outros novos cineastas está exatamente aí: o diretor conhece seu público como a palma da mão, e sabe o que pode e o que não vai agradar aos jovens. (...) Mas a verdadeira marca pessoal do autor está na emoção: ninguém dentre os espectadores pode sair de um filme de Jorge Furtado sem pensar. A proeza dele é conseguir falar do tema que quiser (miséria, futebol, prisão) para um público pouco seletivo e, mesmo assim, fazê-lo refletir. Ponto para Furtado." (Marco Fogel, CINE IMAGINÁRIO, Rio de Janeiro, agosto/89)
"Abrindo o programa, e muito mais surpreendente, o curta brasileiro Ilha das Flores, que através de uma narração sarcástica constrói uma pirâmide de informações que envolvem a jornada de um tomate da plantação ao lixo. Dirigido por Jorge Furtado, o filme parece fácil e irreverente em seu início, mas é construído num crescendo de indignação que faz com que alcance o seu real propósito". (Janet Maslin, New York Times, 1991)
"ILHA DAS FLORES, do portoalegrense Jorge Furtado, vencedor do Urso de Prata em Berlim'90, é um filme político que faz rir com sarcasmo do início ao fim. Em apenas 13 minutos, diz tudo aquilo que é preciso saber sobre quem é responsável pelo massacre do planeta Terra, partindo do lixo e de um tomate." (Roberto Silvestri, Il Manifesto, Milão, 07/03/1991)
"O festival de Clermont-Ferrand, na França, selecionou dois filmes brasileiros para constarem na lista dos cem mais importantes curtas na história do cinema. Os escolhidos foram: Couro de Gato (1962), de Joaquim Pedro de Andrade e Ilha das Flores (1989) de Jorge Furtado." (Revista SET, 1995)
"Sem dúvida alguma, os 12 minutos mais potentes do cinema brasileiro. (...) O texto é dirigido em tom irônico por Jorge Furtado a 'extraterrestres' - que desconhecem tudo sobre os seres humanos, seu planeta, seus sistemas econômicos, suas crenças, suas prioridades, seu conceito de liberdade. No fundo, Jorge Furtado e equipe (a turma da Casa de Cinema de Porto Alegre) promovem densa reflexão sobre o destino do homem pobre, aquele que não conquistou seus direitos de cidadão, e por isso disputa o lixo com porcos." (Maria do Rosário Caetano, Jornal do MEC, Brasília, outubro/1998)

A Intrusa - Jorge Luís Borges (Carlos Hugo Christensen) - 19




É a história de dois irmãos de origem dinamarquesa que viviam nos pamapas gaúchos. Os Nielsen eram rudes e fortes. Moravam num rancho de pedra e ganhavam a vida como tropeiros e abatedores de gado. A solidão era a companheira de todos os dias, e eles defendiam essa solidão com unhas e dentes. Até que um dia Christian, o irmão masi velho, levou para casa Juliana e aí tudo aconteceu. Os dois irmãos a partir de um certo momento passaram a compartilhar sexualmente a mesma mulher. E a vida naquele rancho de pedra se tornou insuportável, tensa. E a vida nunca mais foi a mesma com o descobrimento da homosexualidade incestuosa.

Joana Angélica (Walter Lima Jr.) - 1979




Melhor filme, direção, roteiro e fotografia no I Festival Nacional de Filmes para a Televisão (Curitiba, 1981). Estrelando: Maria fernada (Joana Angélica) filha da poetisa e inesquecícel Cecília Meireles.


Em fevereiro de 1822, num clima de insatisfação popular com o domínio português, um grupo de soldados bêbados tenta invadir o convento franciscano da Lapa, em Salvador. A Madre Joana Angélica resiste ao assédio colocando seu próprio corpo como obstáculo e é assassinada à porta do convento. Com esse gesto, tornou-se mártir da Independência brasileira e passou a ser reverenciada pelo povo baiano nos desfiles do 2 de julho. As várias versões sobre os motivos da atitude de Joana Angélica são encenadas e comentadas por historiadores num misto de documentário e encenação realizado como filme-piloto da série de televisão “Gesto Histórico”, imaginada por Walter Lima Jr. e o historiador Manoel Maurício. O projeto não teve continuidade e este filme nunca chegou à televisão comercial, embora tenha ficado como modelo de uma investigação audiovisual sofisticada sobre a História do Brasil.A narrativa confunde deliberadamente os tempos histórico e atual, e os atores e equipe rompem constantemente os limites da representação. Fatos, mitos e sua análise combinam-se numa visão multifacetada do contexto pré-Independência. A gênese da figura do herói é objeto de um depoimento memorável do psicanalista Hélio Pelegrino.

Os Cafajestes (Ruy Guerra) - 1962


Primeiro filme nacional a usar cenas de nu. Um jovem playboy, perturbado em ver a falência do pai, organiza uma plano para que a situação se reverta. Ele arruma um cúmplice e quer armar uma flagrante do seu tio rico com sou amante. O rapaz tiraria as fotos e depois ele chantagiaria o tio com as provas.

O Beijo da Mulher Aranha, Manuel Puig (Hector Babenco) - 1985


Em uma prisão na América do Sul, dois prisioneiros dividem a mesma cela. Um é homossexual e está preso por comportamento imoral e o outro é um prisioneiro político. O primeiro, para fugir da triste realidade que o cerca, inventa filmes cheios de mistério e romance, mas o outro tenta se manter o mais politizado possível em relação ao momento que vive. Mas esta convivência faz com que os dois homens se compreendam e se respeitem.

O Meu Pé de Laranja Lima (José Mauro de Vasconcelos) - 1970


Baseado no best-seller de José Mauro de Vasconcelos. Drama infantil que emocionou muitas gerações. A história de Zezé, menino de seis anos de idade. Muito pobre, ele brinca num pé de laranja lima que se torna seu amigo e confidente.
Um dos maiores sucessos de bilheteria infanto-juvenil do cinema brasileiro. Zezé é um menino pobre de seis anos, inteligente, sensível e carente. Carente de um afeto que não encontra na família - ninguém tem muita paciência com ele. O endiabrado garotinho sai pelas ruas fazendo mil travessuras. Aprende tudo sozinho, é o "descobridor das coisas". Percebe que na vida existem alegrias, como ter um amigo, e também tristezas, como quando o amigo vai embora para sempre. Uma de suas maiores surpresas é perceber que pode cantar sem abrir a boca ? ou seja, ficar pensando em uma música e deixá-la tocar dentro da cabeça.Quando a família se muda para uma casa onde há muitas árvores no quintal, cada irmão escolhe uma para si ? um fica com a mangueira, outro pega o pé de tamarindo e assim por diante. Sobra para Zezé um pequeno pé de laranja lima. No entanto, essa árvore fica tão amiga que eles conversam muito e até brincam juntos. Zezé inventa para si um mundo de fantasia em que o grande confidente é Xururuca, o pé de laranja lima. Mas a vida lhe ensina tudo cedo demais, e Zezé descobre a dor e a saudade, assim como a ternura e o carinho no afeto do solitário português Manuel Valadares, o Portuga, como o menino o chama.

Quilombo (Cacá Diegues) - 1984


O ano é 1630. A região estendia-se do norte do curso inferior do rio São Francisco em Alagoas, até as terras vizinhas do Cabo de Santo Agostinho em Pernambuco, numa área aproximadamente de 27.000 quilômetros quadrados. Denominava-se Palmares, pois suas terras contavam com grande quantidade de palmeira pindoba. Uma região de difícil acesso, onde os negros se espalhavam, dificultando as investidas dos brancos, que exigiam das autoridades alguma ação contra o quilombo desde o domínio holandês.Nesse período a economia colonial baseava-se no cultivo da cana-de-açúcar, produzida no Nordeste em latifúndios e com mão-de-obra escrava predominantemente africana.A formação de quilombos, foi a principal forma de resistência negra frente a escravidão. Eram aldeamentos de negros que fugiam dos latifúndios, passando a viver comunitariamente. O maior e mais duradouro foi Palmares. Desenvolveu-se através do artesanato e do cultivo do milho, feijão, mandioca, banana e cana-de-açúcar, além do comércio com aldeias vizinhas. A colaboração de brancos com Palmares foi freqüente, pois seus excedentes agrícolas interessavam aos mascates e lavradores que os trocavam por utensílios e armas.O primeiro líder de Palmares foi Ganga Zumba, substituído depois de morto por seu sobrinho Zumbi, o maior líder negro da História do Brasil, assassinado covardemente por Domingos Jorge Velho em 1695, que um ano antes havia comandado a destruição do quilombo.Como Palmares simbolizava a liberdade, acabava tornando-se uma atração constante para novas fugas de escravos. Por sua organização econômica, política e social, constituiu-se num verdadeiro "Brasil negro" dentro de um "Brasil branco".